sexta-feira, 17 de abril de 2009

PRECONCEITO? SERÁ?


Quando eu encontro um assunto de super importância na blogolândia eu me sinto quase que obrigada a dividir com voces, é um pouquinho grande, mas vale muito a pena ler.
Essa matéria eu copie do blog da super Camila Yahn, para quem não conhece sempre vale dar uma passadinha por lá www.camilayahn.com.br

"Hoje (12.04) saiu uma matéria no caderno Cotidiano, da Folha de S.Paulo, que publica uma proposta do Ministério Público de inclusão social na SPFW através de uma cota racial. A idéia é da promotora Déborah Kelly Afonso. Na matéria, o repórter Paulo Sampaio ouviu muitos profissionais do meio, entre estilistas, modelos e o próprio Paulo Borges. Ao ler a reportagem, notamos uma abertura para conversar sobre o assunto por parte de alguns e um receio por parte de outros.

Uma estilista que admiro muito, Gloria Coelho, foi infeliz em sua declaração: “na Fashion Week já tem muito negro costurando, fazendo modelagem, muitos com mãos de ouro, fazendo coisas lindas, tem negros assistentes, vendedoras, por que têm de estar na passarela?”, questiona ela quando entrevistada. Hã? Say again?

Como assim, gente? Uma vez em uma matéria para a Folha durante o Fashion Rio sobre a questão racial na moda, eu conversei com várias pessoas. Uns falavam que só não colocavam mais negros na passarela porque não haviam tantas modelos negras. Isso no mesmo instante em que ocorria uma manifestação de modelos negros na porta do evento, pedindo trabalho.

Conversando com uma booker, ela me explicou que a mulher negra tem mais curvas (isso é ruim?), mais bum bum, mais coxa, portanto tem um corpo que não se enquadra nos absurdos padrões da “moda fashion”. Assim, elas não vestiriam bem as roupas longilíneas dos estilistas. Um publicitário me falou que é porque o negro no Brasil não tem dinheiro, não representa os clientes das marcas.

Realmente a moda é muito cruel não só com a questão da cor e da diversidade, mas especialmente com a questão do corpo. A super top tcheca Karolina Kurkova foi massacrada ao desfilar no Brasil. Ana Claudia Michels, que sempre teve um corpo estonteante, foi colocada na geladeira por temporadas até aparecer seca há duas estações. Ambas loiras de olhos claros.

Enquanto isso, meninas iniciantes deixam de comer para se enquadrar na ditadura da moda e conseguir trabalho. Uma coisa puxa a outra. São vícios antigos da moda que merecem atenção. Não pode mais ser conseiderada bonita uma menina com os ossos aparecendo. Não pode mais ser considerado padrão único de beleza uma cópia da boneca Barbie."

Um comentário:

Leandro Teixeira disse...

adorei esse post tmb laprinha!!
concordo plenamente.

beijoo